diário de uma pseudo-livreira

Thursday, March 18, 2010

Casa das Artes: As Vampiras L�sbicas de Sodoma de Charles Busch

Casa das Artes: As Vampiras L�sbicas de Sodoma de Charles Busch: "Encerramento do FAMAFEST
Companhia Teatral do Chiado
Teatro Com�dia
20 de Mar�o, S�bado, 18h00, Grande Audit�rio."

Wednesday, June 11, 2008

Persistência da memória


Dia 1 de Maio. Morreste. Nós também. Um bocadinho. Morreste-nos tu, que eras nós. Desapareceste assim. E a vida ficou. A tua em nós, que a celebramos. A recordamos. Mas não a recuperamos. Queremos não nos esquecer de nada. Queremos-te na nossa memória. Queremos rir-te e chorar-te. Queremos falar-te. Queremos mais de ti. Queremos ouvir-te outra vez.
Ver-te de braços no ar. Dançar. Gargalhar. Estamos sempre a ver-te regressar, em todos os nossos gestos, em todos os nossos dias. Só não te queremos deixar. Deixar ir.
A ti, Pedro, por continuares connosco, e por teres levado um pouco de nós contigo.

Wednesday, April 05, 2006

21.28, dia de jogo Benfica-Barcelona
Local: o sítio onde mais se ouvem os 300.000.000.000 litros de chuva que neste momento (e em todos os momentos das últimas semanas) escolheram Braga como última morada - o tudo menos moderno, estanque, aquecido, bonito, parque de exposições de Braga.
É um destino invulgar, pelo menos até percebermos que está a decorrer uma sessão com o (por mim muito apreciado) Rui Zink, sobre o estado actual da literatura portuguesa.
Em tempo de “Couves e Alforrecas” não deixa de ser uma discussão em voga, e o Rui Zink não é propriamente mau de se ouvir. Então qual o problema? O problema, meus caros, é que os livros são bons para ler, não para trabalhar. Se há 10 anos atrás me dissessem que eu ia estar numa noite de quarta-feira, em Braga, com as pernas encostadas a um mecanismo potenciador de varizes, gripes e afins, num stand repleto de livros que abarcam tudo menos a tão apreciada prosa narrativa, eu teria pousado o copo de whisky e insultado o emissor de semelhante barbaridade.
Mas cá estou eu a trabalhar para aquecer (no verdadeiro sentido da expressão) com um total acumulado de 17 dias sem folga, rodeada de livros que inevitavelmente terei que encaixotar, conforme desencaixotei, terei que “desetiquetar”, conforme etiquetei, e com o 2º homem mais sibilante da saudosa “Noite da Má-Língua” a escassos 5 metros a mandar umas passas para o ar. Porque é que eu deixei de fumar???
Eis-nos chegados à hora fatídica em que os expositores começam a olhar uns para os outros…numa de “o teu stand está tão vazio como o meu ou tens aí um cliente para fazer inveja?”. As 11 e meia. Tic-tac. Onde está a meia-noite? Tic-tac. Pelo menos hoje alguém não se lembrou de por o cd do João Pedro Pais em repeat. Não que a música da Rita Guerra fosse melhor, mas pelo menos só deu para um round. E juro que se entrar no táxi para me ir embora à meia-noite e o condutor fizer o mínimo comentário sobre o tempo, vou ter que me controlar para não bater com os pés no chão como os míudos fazem quando estão chateados e não conhecem ainda um palavrão suficientemente forte para exprimirem o seu descontentamento.